É triste ver o descaso, a destruição que o governo, as regras e as leis brasileiras fazem com quem quer produzir honestamente. Como presto serviço a empresas, não são poucas as que vejo fechar ou os proprietários que fazem sacrifícios imensos para mante-las de portas abertas honestamente, sem nenhum incentivo do governo, com este montado em suas costas, com encargos e legislação insanos. Sem dar absolutamente NADA em troca. Pior, criando uma concorrência desumana, pois muitos acabam obrigatóriamente criando mecanismos ilícitos para se manter no mercado, em detrimento de quem trabalha direito.
Mas quando vemos a história da Gurgel, seu porte e a rasteira que tomou do governo com uma legislação que inviabilizava o produto nacional em favor das grandes montadoras, inclusive cobrando impostos indevidos que hoje viraram créditos da massa falida (depois que matou passa Merthiolate), pensamos em quantos empregos diretos e indiretos, fornecedores e prestadores de serviço, iguais a TOPVISUAL, foram extintos junto! ISTO É UMA VERGONHA!!! Plagiando Casoy
Esta é uma visão geral da Gurgel, na importante Rodovia Washington Luis, SP 310, em Rio Claro. Pólo do interior paulista, entre as maiores e mais ricas cidades do estado:
Vista de cima 17 alqueires:
Localização privilegiada em Rio Claro:
A portaria:
Logo na entrada o aviso: Junto da placa o aviso do Leilão da massa falida:
Ainda na entrada as rampas de carregamento:
Entrada principal:
Barracão principal: Esse;BR 800 está avaliado em $ 8 mil no inventário. Tem vários sucateados ou inacabados
Dentro desse barracão:
Isto me cortou o coração, eu ví essa placa reluzente e estive exatamente aqui, em plena produção, como representante de equipamentos industriais.
Mais quatro barracões, com 6 mil m² cada:
Não é o mesmo, mas tb tem BR 800 inacabados:
E mais outro:
E o 4º:
Dentro deles se vê isto:
Entre os barracões o mato impera e no meio do mato mais peças raras:
Carcaças de X10: Pra mim ele é especial, foi meu último carro em Santa Catarina. Meu deu o gostinho por buggys, tinha umas dunas em Barra do Sul que eram minhas e dele, vemelho.
Tetos:
A seguir o setor de desenvolvimento CENA ou BR 600 e BR 800
Pista de testes:
Escritórios:
Para finalizar o Engº João Amaral Gurgel, mesmo ausente, demonstrando a elegância que lhe era peculiar me brindou com este convite, da época do lançamento do CENA, jogado pelo chão do escritório e que o vigia, em sua gentileza e sentindo ser meu, não pôde me negar.
Nele estão os antigos telefones e o nome da responsável pelo evento.
A fábrica não estava assim, havia veículos, ferrametais, estoques, patrimônio que foi saqueado. Houveram até mortes de vigias em função do saque de um grande patrimônio remanescente da massa falida. Hoje só resta isso que viram.
Perdoem pelo tópico tão longo, mas faz parte da história do buggy, do automobilismo e da indústria nacional.
Mais um ideal, milhares de sonhos, um grande passo que perdemos!