Fórum Gurgel

Oi pessoal, boa tarde. Já postei este assunto anteriormente, mas como agora já estou com meu BR_WAGEM pronto ficou um problema.
Aqui vai o que fiz, motor de Kombi(1600), ignição eletronica, cambio de chevete(5 marchas), capa seca(baú) do BR800 ano 89, rodas de liga leve, pneus 165/70 R13 e carburador Solex novo. Motor foi retificado. Ocorre o seguinte na estrada a velocidade não passa de 110 km/h e o consumo médio está em 12 km/lt. Pergunto aos colegas mais experientes o que falta para melhorar o desempenho de "PATURY" apelido de meu Gurgel. Atento que não quero um bólido para voar, mas com os apetrechos acima achei que ele andaria mais e seria mais economico. Espero resposta dos companheiros de Gurge... Abraços

Um diferencial com relaçaõ mais longa deve ser o necessario para seu caso.
Mas algum colega deve dar mais sugestões.

GILJORDAO,

Existem dois conjuntos coroa-pinhão (mais longos) compatíveis com o Gurgel BR-800.
(a) Chevette 1.6 (5 marchas). Relação 1/3,9 e
(b) Chevette Automatic 1.6. Relação 1/3,45.
A relação do Gurgel é 1/4,1.

A relação (a) é pouca coisa mais longa. Ela iria lhe proporcionar um aumento de 5% na velocidade, ou seja, seu 110Km/h viraria 116Km/h.
A relação (b) é muito longa. O aumento de velocidade fica em torno de 19%. Portanto, seu 110Km/h viraria 131Km/h.
Esses valores são teóricos. Podem ser simulados através do .

Eu creio que a opção (a) seria mais adequada, embora aumente muito pouco sua velocidade final. Talvez você teria apenas uma melhora no consumo.
A opção (b) parece ideal mas as marchas ficariam muito distantes uma das outras. Isso se deve ao fato do motor VW a ar girar "pouco". Eu percebi algo parecido com o Fusca Itamar, que tem o câmbio muito longo. Subindo uma ladeira tens a terceira esgoelada (pedindo 4a marcha) ou uma quarta murcha (pedindo 3a marcha).

Os conjuntos coroa-pinhão devem ser - obrigatoriamente - da marca Dana/Spicer/Albarus. Os da marca Braseixos são incompatíveis.

De repente, se seu motor fosse 1300 terias uma melhora no consumo também.

Como o motor adaptado é 1600,tem mais torque e pode aceitar bem o diferencial com a relação mais longa.

Eu tenho um BR-800 com motor AE-1600 (CHT 1.6) com câmbio de 5 marchas e diferencial de Chevette Automático.
Comparei as relações do câmbio/diferencial dessa configuração no BR-800 com a configuração original do Gol CL (AE-1600).
A relação do meu BR-800 ficou pouca coisa mais longa que do Gol com mesmo motor. O motor tem 76cv e gira bem mais que o VW 1600 a ar, que tem uns 60cv.
Dessa forma, a relação final do meu BR-800 é de 1/2,9 (= 0,84 x 3,45). Do Gol AE-1600 a relação é de 1/3,0 (= 0,730 x 4,111).

No Fusca Itamar (modelo com relação mais longa, motor 1600 a ar com dupla carburação) a relação final é 1/3,41 (= 0,88 x 3,875). Isso assemelha-se muito com a sua atual relação final, que é de 1/3,44 (= 0,84 x 4,1).
Com o diferencial de Chevette 1.6 a relação final é alongada em 5%, passando para 1/3,276 (idêntica a de um Chevette 1.6).

Eu noto que meu BR-800 em quinta não consegue desenvolver muito se estiver abaixo dos 3000rpm.

Em resumo, eu acho correto fazer comparativos somente com veículos de mesma motorização, mesmo que o Gurgel tenha uns kilos a menos.

Fernando, faça um resumo do seu br com motor cht e caixa de chevette... ficou forte? bom de dirijir? economico? silencioso? extavel?

felipe.victor

Comecei a adaptação do motor AE-1600 no final de 2004. O carro ficou pronto em janeiro de 2005.
Nessa época estava com câmbio e diferencial originais, porém, o carro ficou "agressivo demais" nas arrancadas e "limitado demais" em velocidade: A 100Km/h, em quarta marcha, o motor estava girando a aproximadamente 4000rpm, o que era visivelmente um desperdício.
Substituí coroa e pinhão, colocando o conjunto do Chevette Automático (a relação é 19% mais longa que a original). Houve uma melhora considerável, mas mesmo assim, em auto-estradas o carro ainda continuava limitado. Aí, algum tempo depois, substituí a caixa.
De 2005 pra cá, só tive problemas com a carburação: o Brosol BLFA é bem chato de ajustar e se desregula facilmente. Hoje estou utilizando o 2E, um carburador mais "moderno", embora ainda tenha a intenção de colocar um sistema monoponto (sistema do Gol 1000, com motor CHT).
Usei o carro continuamente por uns três anos. Tive que deixá-lo parado por pouco mais de um ano, pois me mudei e o carro não pode ir junto. No ano passado pude trazê-lo para casa e quando voltei a andar com ele, sofri um acidente (somente danos materiais e umas dores no pescoço): Estava numa fila e um Mille bateu na traseira do BR-800, arremessando-o contra um Logan, que ignorou o ocorrido e foi embora. Aí tive que trocar radiador, arrumar a fibra, pintar, etc. Agora, uso o carro quase que diariamente. Quando não estou de BR-800, estou de Tocantins.
Quanto as suas perguntas, eu considero que na questão da estabilidade nada mudou. Eu não costumo abusar nas curvas porque meu BR-800 é "macio" de dianteira por causa do amortecedor Spring-Shock.
Sempre gostei do BR-800 pela questão da dirigibilidade. É um carro de direção leve, fácil de manobrar e muito bom de dirigir. Nada disso mudou. A única coisa que me incomoda um pouco é a embreagem: Eu gostaria que ela fosse um pouco mais leve.
Não costumo fazer medições de consumo com freqüência, mas nas últimas que fiz (ainda com o carburador Solex BLFA) a média ficou em torno de 12,5Km/l. Com meu BR-800 original (motor/caixa) fazia 13,5 Km/l. Essas médias são de uso urbano. A próxima média já será com o carburador 2E.
O motor não é dos mais silenciosos mas também não é dos mais barulhentos. Ainda tenho ruídos no interior do carro porque ainda não refiz a forração e nem fechei o buraco no entorno da alavanca do câmbio. Além disso, acho que meu diferencial ronca um pouco além do normal. Pensava que fosse o eixo cardã, balanceei-o mas não resolveu. Mesmo assim, o ruído interno não se compara ao do Tocantins (motor VW a ar).
Quanto a força ficou muito bom. Mesmo o câmbio sendo longo, qualquer pisadinha no acelerador já dá uma resposta imediata (exceto a 5a marcha).
No uso normal, não costumo andar com o giro muito alto. Geralmente estou abaixo dos 3000rpm até porque este motor tem bom torque em baixa.
Desde 2005 estou com ele regularizado. Tive que passar o carro por inspeção veicular, a mesma que se faz para carros a GNV. Talvez hoje não conseguiria mais regularizá-lo com este motor, visto que ele tem mais que o permitido atualmente pela lei (AE-1600 = 76cv; Enertron (89/90) = 32cv).
Em resumo, estou bastante satisfeito com a troca do motor do meu BR-800.

Eu não conheço muito das caracteristicas do BR800, mas será que tem como usar uns pneus maiores? acho que melhoraria a velocidade final

Ou será que não tem como encomendar uma coroa e pinhão personalizados da Ensimec? Mais longos que comuns

Fernando, obrigado por sua resposta! tenho um br800 td original, com execao dos vidros que fiz eles verticais e eletricos e agora estou pretendendo comprar um supermini para fazer essa adaptação e tb outras como por ar condicionado e redesenhar os parachoques para um modelo mais contemporaneo e sua resposta me encorajou mais ainda. quero o carro para o uso do dia a dia e tambem para viajens e por isso vou optar por um motor mais forte e menos fragil e o cht p/ mim é o mais indicado.

BOA NOITE, GOSTARIA DE SABER SE ALGUM FELIZ PROPRIETÁRIO DE GURGEL BR 800 1989, JÁ INSTALOU UM MOTOR DE FUSCA 1.300 L, e se alguém poderia dar uma luz, com fotos para eu ver como vai ficar o meu. E já aproveitando da bondade dos senhores passo a passo para tirar toda carroceria do bruto para aquela reforma artezanal no capricho.... detalhes, só que eu mesmo quero fazer tudo bem devagar, por isso peço ajuda aos companheiros. obrigado careca

só para os senhores ver o estado do "feioso"preciso da ajuda dos companheiros para levantarmos o feioso, segue a foto do cara ele já estava com motor de fusca, grato careca

015.JPG (144.4 KiB) Visualizado 16259 vezes

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Só pra deixar registrado no tópico, meu carro nunca passou de 90km/h e sempre fica fraco em alta rotação (tá com motor 1600 e Ignição eletrônica) - Depois de investigar com uma pistola de ponto, descobri que o avanço estava com problema, ao subir a rotação, ao invés de adiantar, ele estava atrasando o ponto e o resultado é motor limitado a umas 3000 rotações (sem carga)

Verifique se o escapamento esta mal feito. As curvas devem ser suaves e os tubos devem se unir quase que paralelamente em um angulo bem fechado e não em 90º, com a gente vê por aí o que acaba estrangulando o escapamento diminuindo a performance e aquecendo o motor. Não precisa daquela bolha em cima do capô. basta abaixar mais o motor. O meu eu abaixei aumentando o parafuso do pendulo que segura a caixa de embreagem. Tambem sou mexânico de fim de semana.

Quem adaptou um motor vw a ar no br 800, por favor me responda a duas perguntas. É nescessário colocar um calço no rolamento da embreagem para que este possa acionar o platô ?
Como instalar o escapemento sendo que uma das saidas cai bem encima da estrutura do carro?

Aos puristas desde já agradeço a tentativa e conselhos de não trocar de motor, mas a paciência tem limite! (o motor original esta montado e guardado).
Aos que trocaram o motor gostaria de saber o que fizeram para o motor vw boxer o "motor de fusca", debrear, pois já troquei o colar do Gurgel BR 800 que é da Brasília pelo do Opala que é um pouco maior mas noto que o curso de acionamento do pedal é curto e não consegue empurrar a mola da embreagem ou seja o "chapéu chines", a ponto de soltar o disco de embreagem, e sem que,o colar fique em acionamento contínuo ou seja, como se a pessoa estivesse com o pé na embreagem. Um conhecido me disse que o melhor seria tirar 1cm da capa seca mas aí a cremalheira fica raspando no fundo da caixa, e de nada iria alterar, pois 1 cm se consegue na regulagem. Houve modificação na pedaleira original? O que dizem os companheiros de mecânica. Pois acho que há uma solução mais simples.
Desde já agradeço.: